Ja escrevi sobre este delicioso queijo num post anterior. Comprei semana passada uma torta del casar na Vila Viniteca de Barcelona e na verdade estava impressionante e merecia um post novo. Tem coisa melhor?
O queijo do video nao foi esquentado no forno nem microondas, simplesmente deixei o queijo 3 dias fora da geladeira, num lugar não muito quente da cozinha. Ficou assim e estava deliciosa, praticamente liquida.
Bom apetite.
sábado, 25 de setembro de 2010
sábado, 4 de setembro de 2010
TIPOS DIFERENTES DE QUEIJOS MINAS
Queijo minas artesanal, queijo minas frescal e queijo minas padrão, são as denominações que recebem estes diferentes queijos e que adotaram o nome da tradicional região produtora de leite e derivados. Mas para não se confundir na hora de compara o queijo desejado temos que entender-las. O conceito mais básico das três denominações é;
Queijo Minas Frescal, queijo fresco, de pouca maturação.
Queijo minas padrão, queijo elaborado seguindo receita tradicional do queijo de minas, porem, de outras procedências, de produção industrial e/ou leite pasteurizado. Normalmente este se apresenta como meia-cura.
Queijo Minas Artesanal, o original, produzido artesanalmente em fazendas mineiras e elaborado com leite cru, não é permitido o comercio fora do Estado de Minas Gerais.
• Queijo Minas Frescal. Este queijo é o mais encontrado nos mercados de todo o Brasil. Como diz o nome, é um queijo fresco, ou seja, de poucos dias de maturação. O queijo Minas frescal é um queijo de coagulação enzimática e o tipo de coalho usado é o de origem animal exceto em alguns casos que devem ser especificados na embalagem. A sua origem é indefinida já que cada país produz o seu queijo tipo “frescal”. A procedência deste queijo no Brasil é indefinida também, podendo ser elaborado em qualquer parte do país já que no caso deste queijo não se busca identificar uma região a um produto, apesar de ser um produto típico o queijo frescal é simplesmente um produto. No Brasil deve ser elaborado com leite pasteurizado (o que não quer dizer que seja mais saudável) e normalmente de vaca, é apto para fazer dieta e fiel amigo dos cafés da manhã, o queijo minas frescal é um queijo de elaboração econômica já que não necessita muitos litros para fazer um queijo e possui uma umidade muito alta e pode ser elaborado com sal, pouco sal e sem sal, este último pode ser acompanhado com mel ou geléia de frutas de sobremesa ou com a típica goiabada, fazendo o perfeito Romeu e Julieta.
• Queijo Minas “Padrão”, este queijo é produzido à cópia do queijo minas original, a diferença é que se pode produzir industrialmente (em grande escala) e deve ser elaborado com leite pasteurizado, além de poder ser elaborado em qualquer parte do país. O nome deste produto é fruto do aproveitamento comercial de uma marca existente e sem proteção, aproveitando assim a fama nacional do queijo minas artesanal para promover e aumentar as vendas do industrial.
• Queijo Minas Artesanal, elaborado artesanalmente nas fazendas de Minas Gerais. Araxá, Serra da Canastra, Serra do Salitre (também conhecida como Alto Paranaíba ou Cerrado), Serro, Sul de Minas e Campo das Vertentes são as seis micro regiões demarcadas produtoras de queijo minas artesanal e, portanto um queijo que vem diretamente relacionado a uma determinada região, produzido seguindo padrões históricos de elaboração, deve ser feito com leite cru e o leite deve ser obtido na própria fazenda produtora de queijo. A produção é artesanal e as quantidades podem variar de 6 a 50 peças diárias e normalmente elaboradas sem o auxilio de maquinas. A maturação mínima deve ser de 15 a 20 dias, porem é normal encontrar queijos de menos de 7 dias. O queijo Minas Artesanal tem uma historia de mais de 300 anos e provavelmente foi o primeiro queijo elaborado no Brasil. Produto estrela do Brasil colonial e consumido em grandes quantidades na cidade imperial do Rio de Janeiro. No dia 15/05/2008 o IPHAN órgão vinculado ao Ministério da Cultura reconheceu o queijo minas artesanal como patrimônio histórico imaterial do Brasil esta medida protege, registra e reconhece a produção tradicional deste queijo, mas nem tudo são glorias, apesar de ser um patrimônio nacional, este queijo não pode (por lei) sair do Estado de Minas Gerais e isso desvaloriza o produto no mercado e dificulta a melhora da qualidade de vida do produtor e do produto, além de favorecer as produções e venda de produtos irregulares e sem fiscalização.
Infelizmente, muitas vezes os produtores se vêem obrigados a vender o seu sustento, o queijo por um preço inferior ao custo de produção. O queijo Minas Artesanal é produzido em diferentes tamanhos. O mais comum é o de 1kg, também o Canastrinha ou também chamado merendeiro de 0,5kg, canastra real de 6kg e também podem se encontrar peças com diferentes formatos e tamanhos.
É importante saber que este queijo elaborado artesanalmente é o autentico queijo minas. Além disso, é um queijo saudável, rico em nutrientes essenciais para o nosso organismo. Comprando este queijo estamos comprando um pouco da nossa historia e fortalecendo uma cultura que pede mais reconhecimento e proteção.
E não se esqueça, antes de comprar este queijo verifique se é um queijo regularizado pelo IMA, só o queijo que foi inspecionado pelo IMA pode ser completamente seguro.
Bom apetite
Queijo Minas Frescal, queijo fresco, de pouca maturação.
Queijo minas padrão, queijo elaborado seguindo receita tradicional do queijo de minas, porem, de outras procedências, de produção industrial e/ou leite pasteurizado. Normalmente este se apresenta como meia-cura.
Queijo Minas Artesanal, o original, produzido artesanalmente em fazendas mineiras e elaborado com leite cru, não é permitido o comercio fora do Estado de Minas Gerais.
• Queijo Minas Frescal. Este queijo é o mais encontrado nos mercados de todo o Brasil. Como diz o nome, é um queijo fresco, ou seja, de poucos dias de maturação. O queijo Minas frescal é um queijo de coagulação enzimática e o tipo de coalho usado é o de origem animal exceto em alguns casos que devem ser especificados na embalagem. A sua origem é indefinida já que cada país produz o seu queijo tipo “frescal”. A procedência deste queijo no Brasil é indefinida também, podendo ser elaborado em qualquer parte do país já que no caso deste queijo não se busca identificar uma região a um produto, apesar de ser um produto típico o queijo frescal é simplesmente um produto. No Brasil deve ser elaborado com leite pasteurizado (o que não quer dizer que seja mais saudável) e normalmente de vaca, é apto para fazer dieta e fiel amigo dos cafés da manhã, o queijo minas frescal é um queijo de elaboração econômica já que não necessita muitos litros para fazer um queijo e possui uma umidade muito alta e pode ser elaborado com sal, pouco sal e sem sal, este último pode ser acompanhado com mel ou geléia de frutas de sobremesa ou com a típica goiabada, fazendo o perfeito Romeu e Julieta.
• Queijo Minas “Padrão”, este queijo é produzido à cópia do queijo minas original, a diferença é que se pode produzir industrialmente (em grande escala) e deve ser elaborado com leite pasteurizado, além de poder ser elaborado em qualquer parte do país. O nome deste produto é fruto do aproveitamento comercial de uma marca existente e sem proteção, aproveitando assim a fama nacional do queijo minas artesanal para promover e aumentar as vendas do industrial.
• Queijo Minas Artesanal, elaborado artesanalmente nas fazendas de Minas Gerais. Araxá, Serra da Canastra, Serra do Salitre (também conhecida como Alto Paranaíba ou Cerrado), Serro, Sul de Minas e Campo das Vertentes são as seis micro regiões demarcadas produtoras de queijo minas artesanal e, portanto um queijo que vem diretamente relacionado a uma determinada região, produzido seguindo padrões históricos de elaboração, deve ser feito com leite cru e o leite deve ser obtido na própria fazenda produtora de queijo. A produção é artesanal e as quantidades podem variar de 6 a 50 peças diárias e normalmente elaboradas sem o auxilio de maquinas. A maturação mínima deve ser de 15 a 20 dias, porem é normal encontrar queijos de menos de 7 dias. O queijo Minas Artesanal tem uma historia de mais de 300 anos e provavelmente foi o primeiro queijo elaborado no Brasil. Produto estrela do Brasil colonial e consumido em grandes quantidades na cidade imperial do Rio de Janeiro. No dia 15/05/2008 o IPHAN órgão vinculado ao Ministério da Cultura reconheceu o queijo minas artesanal como patrimônio histórico imaterial do Brasil esta medida protege, registra e reconhece a produção tradicional deste queijo, mas nem tudo são glorias, apesar de ser um patrimônio nacional, este queijo não pode (por lei) sair do Estado de Minas Gerais e isso desvaloriza o produto no mercado e dificulta a melhora da qualidade de vida do produtor e do produto, além de favorecer as produções e venda de produtos irregulares e sem fiscalização.
Infelizmente, muitas vezes os produtores se vêem obrigados a vender o seu sustento, o queijo por um preço inferior ao custo de produção. O queijo Minas Artesanal é produzido em diferentes tamanhos. O mais comum é o de 1kg, também o Canastrinha ou também chamado merendeiro de 0,5kg, canastra real de 6kg e também podem se encontrar peças com diferentes formatos e tamanhos.
É importante saber que este queijo elaborado artesanalmente é o autentico queijo minas. Além disso, é um queijo saudável, rico em nutrientes essenciais para o nosso organismo. Comprando este queijo estamos comprando um pouco da nossa historia e fortalecendo uma cultura que pede mais reconhecimento e proteção.
E não se esqueça, antes de comprar este queijo verifique se é um queijo regularizado pelo IMA, só o queijo que foi inspecionado pelo IMA pode ser completamente seguro.
Bom apetite
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
QUEIJO MINAS ARTESANAL
Mas em Araxá também visitei o Sitio do Pica Pau, do Sr. Juliano Oliveira. Aqui a produção é bastante menor que na fazenda Só Nata, porem também de excelente qualidade, alias, o queijo meia cura do sitio do pica pau ganhou o primeiro premio do concurso do queijo minas artesanal de Araxá 2010. Aqui a produção é totalmente artesanal, produzida a mão sem a presença de maquinas, um quarto de fazer queijo novo e limpo. Aqui como em quase todas as fazendas o soro eliminado da produção de queijo serve para alimentar aos porcos, pássaros, cachorros, gatos e animais da fazenda. Aqui se faz um queijo um pouco mais parecido aos da canastra, mesmo sendo em Araxá o pingo do sitio do pica pau da estas diferentes características ao seu queijo.
Nesta viagem tive a oportunidade de conhecer a Minas Gerais mais a fundo, vi coisas boas relacionadas à produção de queijo, mas também vi muitas coisas ruins que também devem ser comentadas. A dificuldade em conseguir que as queijarias se registrem no IMA é um problema para a qualidade do produto, em uma das visitas que fiz, decidi ir a uma queijaria não registrada e vi o que não queria. Ali e a simples vista era perceptível que a queijaria precisava urgente uma reforma, ou melhor, de uma queijaria nova. Mas o pior ainda estava por vir, dentro da sala de produção havia um gato passeando e comendo o soro que caía das mesas de trabalho, na verdade isso é habitual em queijarias sem o registro no IMA. Em quase todas as queijarias de Minas Gerais existe a tradição de gerações na produção de queijo, porem não todas ou poucas tem o conhecimento da higiene no trabalho e isso muda quando recebem os cursos de formação do IMA e EMATER e percebem que é necessária a higiene na hora de produzir o queijo, além de ensinar este conhecimento o regulamento do IMA obrigado, se necessário, aos produtores reformarem ou fazerem um novo quarto de elaborar e maturar queijo. Com estes dois conhecimentos e somando a tradição existente, os produtores registrados estão fazendo um excelente trabalho e produzindo um queijo extraordinário, um queijo tão peculiar que motiva a visita de especialistas italianos e franceses. Todas estas melhorias não seriam possíveis se não fosse o trabalho conjunto com o IMA de cada região e o EMATER-MG que através do programa de melhoria do queijo minas artesanal tem feito um trabalho de melhora do produto, promoção e divulgação muito bonito e efetivo.
Seria impossível realizar a minha viagem a Minas Gerais se não tivesse a ajuda de pessoas muito especiais e agradeço também ao apoio de todas as instituições que me acolheram e me ajudaram com informação e amizade além de ser muito agradecido por ter sido convidado a ser jurado do concurso de Araxá. Obrigado a todos.
Responsaveis técnicos de EMATER-MG (BH e Araxá) e IMA-Araxá
Marinalva Olívia Martins Soares
Juscelina Pereira Onisto
Albany Arcega
Silvia Passos
IMA-MG Araxá
Calimério Antônio Guimarães
Produtores:
Juliano De Oliveira – sitio do Pica Pau - Araxá
Alexandre Honorato – Fazenda Só Nata - Araxá
Seu Zé Mario – Fazenda do Seu Zé Mario – Canastra/Medeiros
João José de Melo – Fazenda Catulés – Serra do Salitre
Luciano Carvalho Machado – Chácara Esperança – Medeiros/Canastra
Associações:
Associação regional do queijo Araxá
Associação dos Produtores de Queijo de Medeiros (Aprocame)
Associação dos Produtores do Queijo Canastra (Aprocan).
Associação de Produtores de Queijo do Cerrado Rio Paranaíba (Apromar),
Cooperativa Agropecuária dos Produtores de Derivados de Leite do Alto Paranaíba (COOALPA)
Associação dos Produtores Artesanais de Queijo do Serro
Minas Gerais tem muito a oferecer, visite Minas Gerais e visite fazendas produtoras de queijo, proteja, preserve, conviva, converse com os locais e aproveite de tudo o que o queijo minas artesanal pode te oferecer, tenho certeza que vai ser delicioso.
Caso tenham curiosidade em conhecer mais sobre o queijo Minas podem mandar um e-mail para mim que respondo com o maior prazer.
http://www.clubedoqueijo.com.br/ (em construção)
http://www.queijoartesanal.com.br/
http://www.queijominasartesanal.com.br/
http://www.serradacanastra.com.br/sabermais/queijocanastra.html
http://www.serradacanastra.com.br/
http://www.emater.mg.gov.br/
http://www4.emater.mg.gov.br/ciagro/bin/prg/artesanal/prin.php
http://www.mercadocentral.com.br/index.php
Bom Apetite.
Assinar:
Postagens (Atom)